quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Busca





Entro na busca incessante
De sentimentos,
De palavras,
De recordaçoes.
Rodopiam em olhares,
Em sorrisos, em gestos,
Mas são apenas meros momentos.

Tento manter a calma,
Levar a alegria nos olhos,
Julgar menos os escolhos,
Viver numa calma aparente
E colocar na minha mente
A rotina dos dias.

Vejo o fervilhão dos tempos,
A definhar nos lamentos,
Paro e penso,
Na revolta dos seus olhos,
Nas lágrimas que teimam em estar secas,
Transbordam-me a alma,
Que me levam à lama.

Ter nada e ter tudo,
Viver tudo e não ter o mundo,
Me conduzem a ficar sem rumo.
De novo penso,
Na outra margem,
Uma miragem,
Que me conduz para bem longe,
Num mundo que só entra quem nao tem medos,
Crendo acima deste mundo.

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