quarta-feira, 25 de novembro de 2009

uma forma de amar




Preciso de ti para respirar…
Apercebo-me disso de cada vez que me dizes que me amas…
De cada vez que me fazes sentir especial
E me dizes que sou importante para ti…
Deixa-me contar-te o meu segredo…
Nesses momentos em que me fazes mergulhar
Nos teus olhos e ver-me sob a luz
Em que me pintas quase me sinto bonita…
Perceber que acreditas mesmo que a tua vida
Não seria a mesma sem mim…
Que, de alguma forma consegui cativar-te…
Prender a tua atenção…
Ganhar a tua afeição…
Deixa-me sem fôlego…
Quero viver sempre assim…
Pendente de cada gesto teu…
De cada palavra com gosto de mel…
De cada olhar que me derrete…
De cada sorriso que me emociona…
Quero andar de mãos dadas contigo pela vida fora…
Sentir os teus dedos enlaçarem-se
Cada vez mais nos meus
A ponto de já não distinguir
Ao olhá-los os que me pertencem…
Quero que sejas o meu início e o meu fim…
Partilhar tudo contigo…
Todas as minhas tempestades…
E cada uma das minhas alegrias…
Quero ser o sorriso que vejo dançar no teu rosto quando me vês…
E a emoção de cada vez que me tocas…
Quero ser o olhar em que te demoras…
E o porto seguro a que sempre voltas…
Quero estar ali ao fim de cada dia para segurar os teus cansaços…
Para sorrir a cada um dos teus sucessos…
Para sentir cada um dos teus suspiros
E orgulhar-me de cada um dos teus sonhos…
Quero sentir-te assim feliz sempre que estás comigo…
Da mesma forma que me sinto quando estou contigo…
Completa… segura…
Orgulhoso de mim e de ti
E do que conquistamos à vida a cada dia que passa…
A cada segundo que roubamos
Um pouco mais de tempo
Ao circuito do relógio para sorrir ao intuir que nos amamos
E ao leres nos meus olhos
Que é aqui nos teus braços que quero refugiar-me do mundo…
Todos os dias da minha vida…

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Encontrar-me




Fujo para me encontrar
Ou talvez ficar,
Sinto perdida,
E ao mesmo tempo fugitiva.

De mim,
Da minha alma,
Atormentada,
Ou magoada.
Pelo sabor
Do vento,
Do tempo,
De todo o sofrimento.

Deste mundo
Que e tão profundo,
Como num segundo,
Temos tudo
E ao mesmo tempo
Não temos nada.
Um nada,
Que é uma “chama”,
Que nos dói,
Que nos corrói,
Que nos destrói.

Gente mesquinha,
Nação sem nada,
Que comanda,
A vida
Como se fosse um “rei”,
Mas eu só sei
Que todos nós,
Somos iguais,
Os rituais são diferentes,
Culturas presentes,
São o resultado
De um homem
Com tudo
Ou sem nada.

O coração
Premente
Transforma
A miséria
Das mentes
Dos nossos leitos,
Dos nossos feitos,
Que no mundo o que são?
Nada.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

às vezes...




Faz frio,
A dor não terminou,
A lua mudou,
O “meu” porto de abrigo
Desgastado,
Amordaçado.

No bloqueio dos minutos,
Conto os segundos,
Insistindo,
Para encontrar estrelas
Que me conduzem aos teus olhos,
Dádiva tão ideal,
Que podia ser real.

Olho para mim
O que vejo?
Um mar de solidão,
Desilusão,
Atribulada,
Cansada,
E atormentada.

Pela cruel emoção,
Solidão,
Que me acompanha,
Que me estilhaça.

Tanta vida adiada,
A alma,
Meras são estas palavras,
Para conseguir traduzir
As memórias esquecidas,
Perdidas, por ti.

Não sou capaz de enfrentar
As marcas do passado,
Maltratado,
E também “arrebatado”
Da magnitude que me dás,
Quando estás a meu lado.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Recomeço




Liberto-me das amarras,
por vezes,
permanecem como entranhas,
de um coração sofrido,
ou apenas sentindo,
que as desventuras
são apenas viagens sem fim...

Fujo de tudo o que me atormenta,
querendo levitar
pelas profundezas da plenitude,
uma amplitude
que ainda não foi atingida,
mas que um dia,
será preenchida
no mundo celestial.

É essa a força que me move,
transborda a minha chama,
a certeza que tudo
o que é hoje duro,
será amanhã
fruto de um futuro amadurecido.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lágrima





Tenho uma lágrima presa nos meus olhos,
E a sensação de que não aproveitei nada do que vivi.
Tenho medo de esquecer-me como sorrir,
Mas ainda posso chorar.
Apaguei as luzes para quê?
Não ver o que está na minha frente,
Tropeço nas coisas que deixei espalhadas no chão.
Entre elas os dias em que fui feliz.
Lembras-te do brilho que tinha nos meus olhos?
Agora está embaciado pela lembrança de que estou sozinha,
E não me importa o quanto doa em ti,
A culpa é minha.
Posso conter as minhas emoções,
Quero ter a oportunidade de dizer que ainda te amo,
Sem que me dês tempo para fingir que te odeio.
Afinal, do que valeria esse momento?
Não sei se o que sinto é amor,
Penso em ti todos os dias.
Queria encontrar-te ao acaso,
Queria ouvir-te a dizer que pensas de mim.
Nenhuma palavra mais seria dita,
Com um beijo longo e um abraço apertado,
Sentiria o teu coração a bater acelerado contra o meu peito.
Tocaria as tuas mãos delicadas,
Sentiria o cheiro do teu perfume,
Deslizaria os meus dedos entre os teus cabelos.
Repetiria por horas que és tu que eu amo,
Que jamais consegui esquecer-te,
E que toda a angústia que sentia por não ter-te,
Se tinha ido embora.
Todos os momentos que não tivemos,
Seriam vividos apenas numa tarde,
E a partir daquele instante começariam as nossas vidas.
Queria ter-te ao meu lado
Para caminharmos de mãos dadas,
Para que deitasses no meu colo enquanto apreciaria o teu sono.
Queria ver-te a sorrir,
Queria um abraço dizendo-me ao ouvido que me amas.
A noite seria curta demais para contarmos as estrelas lado a lado
E para ouvirmos as músicas recitando frases de amor.
Desde o dia em que me deixaste,
Nunca mais fui capaz de repetir o teu nome
Para que todos ouvissem.
Convivo com esse amor guardado no meu peito
E hoje sei que aprendi a fingir muito bem.
Ninguém acredita quando digo que ainda te amo.
Ninguém acredita quando digo que ainda te espero.
Ninguém é capaz de entender que não sei como evitar este sentimento.
Mas também pouco me importa se vão ou não entender,
Apenas não me critiquem.
Isso tudo é tão utópico,
Que nem ao menos me deixo pensar na hipótese
De que tu podes estar tão apaixonado quanto eu,
Mas por outro alguém.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tua presença




O som dos teus passos
Ainda ecoa
No silêncio vazio
Da noite
Continuo a ouvir esse mesmo som
Cada vez que observo a rua
Da janela do meu quarto.

As horas arrastam-se lentamente
Como se sentissem o peso da solidão
E a chuva fina que bate de encontro
Às vidraças,
Desfazem-se em lágrimas
Que caiem pelo chão.

Por breves instantes,
A tua presença
Torna-se quase real,
É quando sinto
Que o som dos teus passos
É o bater descompassado
Do meu próprio coração.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

De que vale




De que valeu o suspiro de saudade?
De que valeu a melancolia pelos desencontros?
De que valeu a esperança por novo encontro?
De que valeu as luzes de vela?
De que valeu aquele sorriso seguido de uma dança?
De que valeu o desejo dos nossos corpos?
De que valeu querer tanto que os nossos destinos se encontrassem?
De que valeu o vento nos nossos rostos?
De que valeu o beijo com gosto de querer outro?
De que valeu dizer "esperei muito tempo por este momento"?
De que valeu o abraço quando a saudade era maior que nós os dois juntos?
Diz, de que valeu a espera sem saber que um dia teríamos este desencontro?
Eu já sei responder...e tu sabes?
Podes fazê-lo...