
Perco-me no tempo,
Despeço-me das palavras,
Acomodadas na gaveta fechada,
Afago-me nos olhares entristecidos,
Despidos,
Esvaziados de prantos,
De lamentações,
Efusões que me levam
A um paradeiro desconhecido,
Sem trilho,
Vou descobrindo…
Finita esta que é a vida,
Ciumenta de sensações inalcançáveis,
Sem chegar ao limite,
Efusiva nos recados,
Muitos em pedaços,
Outros meros abraços,
Passagem esta que não espera,
Padece na lamuria dos despedaçados,
Estonteados,
Na inocência dos que temem,
Dos que enxergam,
A magia de amar,
De conhecer,
De compreender que o fim
Pode advir,
Na claridade do dia,
Ou na fúria da noite.
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