
O tempo não conta,
Conta mais quem fomos,
Há quem conte o tempo
E eu conto o que somos.
Ao longe,
Os olhos não sei fechar,
Tenho receio da ida,
Tenho medo de acordar
E não ver a nossa vida.
Sinto-me pequena,
Aprisionada a ti,
Um ser errante,
Pensante,
Sem destino.
A minha noite
Tirou-me a exactidão
Do tempo,
Ficou apenas,
A solidão
De não te ter
Nos meus braços.
De não saber o dia
De Amanhã,
Ou se serás aquilo
Que quero para mim.
No fundo quero
Acreditar,
Que não vai haver
Um fim
Entre nós.